Nos últimos anos, a Internet das Coisas (IoT) ganhou bastante relevância ao oferecer produtos e serviços focados na geração de insights estratégicos e na redução de custos operacionais. A IoT, cada vez mais, posiciona-se como uma ferramenta que oferece às empresas a oportunidade de abrir novos canais de negócios e criar novos serviços, agregando valor onde quer que seja aplicada.
Uma definição mais ampla da Internet das Coisas seria o conjunto de tecnologias e sistemas na nuvem (#Cloud) conectados a objetos e dispositivos via Internet a fim de receber comandos e capturar dados coletados na borda (#Edge). Estes dados são a matéria-prima para a geração de conhecimento e a tomada de decisões por meio de insights estratégicos.
A Internet das Coisas envolve uma grande variedade de novas tecnologias e conceitos sob seu guarda-chuva, tais como a Internet das Coisas Industrial (IIoT), a Internet dos Serviços, a Internet dos Consumidores, a Indústria 4.0, as Casas Conectadas e as Cidades Inteligentes. Estes conceitos, atrelados à Computação em Nuvem, Análise de Big Data, Inteligência Artificial e o Blockchain compõem a atual revolução materializada pela Transformação Digital (#DX).
A Internet das Coisas, propriamente dita, não é nova. Na verdade, a IoT existe há pelo menos duas décadas. Nos últimos anos, nos referimos a ela como conexões máquina-a-máquina (machine to machine ou #M2M). A Inteligência Artificial (#IA), por sua vez, também existe há décadas. A grande e disruptiva novidade trazida pela Transformação Digital é o casamento da IoT com a IA formando a Inteligência das Coisas.
Neste cenário, a Internet das Coisas para Consumidores é, basicamente, a IoT que conhecemos, que efetivamente visualizamos e interagimos em nosso dia a dia, ou seja, aquela usada para conectar aplicativos e serviços orientados ao consumidor final, onde os volumes de dados e as necessidades de comunicação são baixos e limitados.
A Internet das Coisas do Consumidor ou #CIoT (Consumer Internet of Things) é onde se encontram dispositivos e aplicativos para o rastrear dados e ativos pessoais dos indivíduos, indo de batimento cardíaco até seus animais de estimação. À CIoT também se conectam os aparelhos domésticos inteligentes, como geladeiras, máquinas de lavar, lâmpadas, fechaduras, etc.
A intenção de compra de dispositivos IoT de consumo tem crescido exponencialmente em áreas como wearables, Smart TV, dispositivos de streaming de áudio e vídeo, aplicativos para carros conectados e sistemas de comando de voz.
A categoria focada no comando de voz está sendo tomada de assalto pelos Assistentes Digitais Domésticos, ou autofalantes inteligentes, atual sonho de consumo no âmbito da automação residencial. As experiências de mídia ativadas pela voz estão cada vez mais interativas e personalizadas, pois a linguagem falada é intuitiva, contribuindo para a humanização das máquinas. Não é incomum as pessoas agradecerem o alto-falante inteligente por fornecer seu conteúdo favorito – algo que não acontece com dispositivos móveis.
Além disso, os Assistentes Digitais, como a Amazon Alexa Echo, Google Home e Apple HomePod, invadem nosso dia a dia doméstico, posicionando-se com pontos centrais da automação das smart homes, revolucionando a forma com que as pessoas lidam com seus próprios lares.
Todavia, a Internet das Coisas não se limita aos eletrônicos de consumo, ou seja, dispositivos e aplicativos fabricados para usuários finais. Na verdade, a IoT já se tornou ainda mais relevante no ambiente corporativo, onde dispositivos desenvolvidos para aplicações industriais, como monitoramento de frete em transporte, sistemas de fabricação inteligentes ou soluções de gerenciamento de edifícios atuam de forma inconteste na melhoria do desempenho e na redução de custos.
Assim, a Internet das Coisas Industrial (#IIoT) abrange os casos de uso de IoT típicos da indústria em seus mais diversos setores. Normalmente, situa-se a Internet das Coisas Industrial em um contexto voltado à indústria pesada como armazéns, estaleiros manufatura ou serviços públicos, porém seu conceito é mais amplo, devendo também ser usado em casos de uso ligados a agricultura, assistência médica, cidades inteligentes, serviços financeiros, varejo e propaganda, por exemplo.
Por fim, IIoT se aplica a qualquer empresa que lide com a produção e/ou transporte de bens físicos, onde estas ferramentas podem criar eficiências operacionais revolucionárias e apresentar modelos de negócios completamente novos. Seguem alguns exemplos de como a tecnologia de IIoT pode ser aplicada em vários setores.
- Produção – Setor em que a maior parte da tecnologia de IIoT está sendo implementada. As máquinas prontas para IIoT podem monitorar e prever automaticamente problemas em potencial. Trata-se da aplicação da Manutenção Preditiva a fim de diminuir paralisações e aumentar a eficiência geral.
- Cadeia de Suprimentos – Por meio de um inventário gerenciado por sensores, a tecnologia de IIoT pode expedir novas encomendas de suprimentos antes do desabastecimento, o que diminui o desperdício, ao mesmo tempo que mantém os bens necessários em estoque e libera os funcionários para se concentrarem em outras tarefas.
- Gerenciamento de Instalações – A tecnologia de IIoT simplifica e torna mais seguro o gerenciamento de instalações. Por meio de climatizadores acionados por sensores, as adivinhações e frustrações envolvidas no controle do clima de uma instalação viram coisas do passado. Além disso, os dispositivos que monitoram os pontos de entrada das instalações e respondem rapidamente a ameaças em potencial vão aumentar a segurança das instalações.
- Assistência Médica – Com dispositivos que monitoram os pacientes remotamente e notificam os provedores de serviços de saúde assim que o status do paciente muda, a IIoT pode fazer com que esse setor se torne mais preciso e responsivo. Chegará o momento em que a IA poderá até mesmo assumir o diagnóstico de um paciente, possibilitando que os médicos os tratem de forma mais rápida e eficiente.
- Varejo – A tecnologia de IIoT tem o potencial para tomar decisões rápidas e inteligentes para lojas individuais. As lojas de varejo que implementarem a tecnologias de IIoT certamente obterão uma grande vantagem sobre seus concorrentes ao exporem suas vitrines que se atualizam automaticamente, com base nos interesses individuais de cada cliente, por exemplo.